A escola oferece programas de pós-graduação e extensão, a partir do ano que vem vai ter cursos de graduação. A unidade, a segunda no Brasil — outra fica em São Paulo —, é uma aposta que tem tudo para dar certo, conforme diz um dos diretores do IED, o italiano Alessandro Maneti. Segundo ele, o Rio de Janeiro é um laboratório natural para os cursos oferecidos pela escola e servirá como inspiração para colocar em prática os projetos da escola, como a economia criativa: “A Copa e as Olimpíadas estão fazendo mais pessoas se interessarem pelo Rio”.
Ele contou que a escolha do prédio
seguiu uma tendência da escola, que sempre se instala em locais que têm
uma relação com a história da cidade que o sediará — há outras sedes na
Itália, Espanha e China. Os diretores garantiram que a linha de ensino é
a mesma em todos as unidades pelo mundo. O aluno pode começar a
graduação em uma unidade e terminar em outra.
Devido a um convênio com a prefeitura, o IED
terá que oferecer 10% de suas vagas para bolsistas. O acordo prevê que
os beneficiados sejam funcionários municipais e pessoas de baixa renda.
Os candidatos terão que passar por processos de seleção, que ainda estão
sendo definidos.
O prédio do Cassino da Urca foi construído para servir de hotel na Exposição Internacional de 1922, comemorativa do Centenário da Independência do Brasil. Ganhou fama quando transformado em cassino em 1933 — fechado em 1946. Na década de 1950, o prédio voltou a ser ocupado. Dessa vez pela extinta TV Tupi, que ficou ali os anos 1980.
Justiça garantiu início de atividades
A criação da escola sofreu resistência da Associação de Moradores da Urca, que temiam que a criação de uma unidade de ensino na região tirasse a tranquilidade no bairro. O caso foi parar na Justiça. O prédio é propriedade da Prefeitura do Rio, que firmou acordo com o Instituto Europeu de Design e o cedeu pelo prazo de 50 anos. A escola é responsável por manter as fachadas — já que o local é tombado — e também por manter seu interior reformado.
Alguns dos moradores do bairro foram contra a instalação da escola por acreditarem que os carros dos estudantes bloqueariam as ruas da Urca. Para tentar resolver essa situação, o IED prometeu estimular que seus alunos se deslocassem de transporte público ou bicicleta. Não houve acordo e um processo começou a tramitar na Justiça em 2009, que proibiu que a escola funcionasse.
No final de 2012, desembargadores da 11ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio cassaram a liminar e autorizaram que o instituto italiano iniciasse suas atividades.
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